24 de junho de 2008

CULTURA MATERIAL GUARANI
Inspiração para o artesanato O FAZER ARTÍSTICO, A LEITURA DA OBRA E A CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA.
Pequeno resumo. ARTE INDIGENA - designamos certas criações conformadas pelos índios de acordo com padrões prescritos, geralmente para servir a usos práticos mas buscando a perfeição. O ARTISTA ÍNDIO ,não se sabe artista nem a comunidade para qual ele cria sabe o que significa, isto que nós consideramos objeto artístico.O criador indígena é tão somente um homem igual aos outros , obrigado como todos , ás tarefas de subsistência da família....
(Podemos comparar com o artesão dedicado a seu trabalho, que as vezes não percebe o grande artista que é.)
Sem interferência do colonizador pequenas variações ocorreram.Eles mantiveram a tradição sem alterações.Isto é cultural, como os egípcios, que conservaram sua cultura igual por 20 mil anos, repetindo de geração a geração os seus antepassados. O geometrismo é característico no trabalho indígena, seguindo padrões tradicionais. Os objetos criados são utilitários com função definida.Não existindo a intenção de criar somente para ornamentos. Ex: cesto ayká. A ESTÉTICA - arte exibe uma fixidez (se repete) e quando muda não se percebe porque muda dentro de certa pauta cuja continuidade se pode ver.Isto é o que ocorre com estilos de cada tribo, cada gênero varia sensivelmente como se observa através da comparação das coleções museológcas As variações são lentas e preservam o perfil estilístico do grupo étnico pela repetição
A CESTARIA E A CERÂMICA GUARANI Em contraste com o apego à manufatura cestera, os modernos guarani abandonaram a cerâmica de seus antepassados, hoje não sabem fazer as peças mais simples. Os tipos de cerâmica encontrados eram: corrugados ; escovados ; pintura simples ; pintados com motivos entrelaçados ; digito ungulado(feitos com a unha); beliscados roletados ; IDENTIDADE E TRANSCULTURAÇÃO*(anotações) A maioria das tribos não costuma vender seus trabalhos, são mais ou menos 50 comunidades que não negociam seus objetos; os Maká no Paraguai são exceções. OS MBYÁ GUARANI chegam a máxima expressão da arte de cestarias. O cesto para os frutos maduros e os produtos de cultivo, variam no tamanho.
Origem das figuras das tramas em cestaria: Segundo o índio Dionísio Duarte( em 1999) – Os desenhos são vindos dos sonhos. Existem 120 desenhos que são dele. Agora o que mais fazem é copiar os desenhos que já existem. A repetição rítmica dos desenhos aparece como elemento constante na trama e na decoração dos cestos, como gesto mecânico produzido com as mãos. O material utilizado na cestaria são as palhas de TAKWAREMPÓ (fino e delicado) e GWEMBEPI (cortiça ou corticeira), mesma árvore que usam para fazer os bichos de madeira. Os kaikang fazem cestos com fibras mais robustas. As cores usadas para pintura são o preto no jenipapo e o vermelho do urucum. Na cestaria as formas se cruzam, cheios e vazios se alternam, nas cores. Simplicidade, unidade, equilíbrio e síntese. Idéia contida, metáforas, alianças, negação, ruptura e enfrentamentos que cruzam e animam o horizonte e a natureza. O Guarani dá mais valor à palavra do que as coisas materiais. Pintura rupeste = feita com sangue de animais . A ornamentação de ayka é mais que um jogo sintético, encarna a idéia estética Guarani e a beleza entendida classicame
CESTARIA Os antigos Guarani manufaturavam cestos para uso imediato ou cestos mais duradouros com alguma expressão ornamental. Entre os modernos Guarani podem observar-se três tipos de cestos: O AYAKÁ dos MBYÁS O YRU AGWÉ dos Chiripás

Exposição de Almofadas bordadas.